Não tenho condições de agradecer pessoalmente a todos os que enviaram emails particulares e aos escreveram na caixa de comentários, que Jorge administrou esta semana, e deixo aqui o nosso sincero muito obrigado. É reconfortador saber que há quem entende o que é amar um quadrupedezinho com todo o coração e ler os depoimentos de quem passou pelo que estamos passando teve efeito terapêutico.
Já não choro tanto, mas ainda estamos muito tristes e magoados com a ausência dela.
Guardamos tudo - pentes, tigelinhas, coleira - longe dos olhos, longe do coração. Não é o que se diz? Mas ainda somos freqüentemente enganados por pequenos ruídos vindos de fora ou dos outros apartamentos, que confundem nossa memória e lembram miados, movimentações de patinhas, etc.
A verdade é que os hábitos desenvolvidos em 17 anos de convivência não desaparecem assim rapidamente. Os pequenos detalhes amorosos que são acionados pelo piloto automático, como entrar em casa e procurar ver onde ela está, sempre olhar para o local onde ela dormia para ver se ela está bem, ou pensar em verificar se a tigelinha tem água suficiente. Quinta-feira, depois de descongelar o frango, coloquei o sumo em um pratinho e só quando estava saindo da cozinha, prestes a levá-lo até ela foi que lembrei que a ação era inútil. É um processo lento este, e muito desgastante.
Mas, para mim, o mais doloroso de tudo é não ter Teresa ronronando pendurada no meu ombro ou no meu colo, enquanto trabalho. A falta física que ela me faz torna o ato de sentar e trabalhar uma atividade tremendamente desgastante. Tenho ido dormir às 9 da noite. Exausta. E quando durmo tenho sonhos perturbadores, repletos de simbolismo, que oferecem pouco repouso à mente.
E ambos temos que lidar com uma casa que está "vazia". Sentimos falta de algo.
É impressionante como uma coisinha tão pequena ocupava tanto espaço...
Eu abro a caixa de comentários e nem sei o que escrever, porque passei por isso duas vezes, e ainda passarei por mais três. Perder um amor incondicional é uma das piores provas. Mas vai passar, Maura.
Fique bem.
Posted by: Suzana | 02/12/2007 at 13:06
Diz o povo: rei morto, rei posto...
A memória não se apaga, mas o amor pode voltar a ser partilhado com outro pequeno ser que precise desse mesmo amor, para retribuir nas pequenas/grandes horas... Pensa nisto, porque a vida continua.
Posted by: João | 02/12/2007 at 15:03
Passando pra saber como vai esse coração.
Maura, dê um tempo para a dor você sabe que ela vai passar e sentirá esse vazio diferente de agora. Ainda é recente demais, mas quem sabe lá na frente você abra espaço para outra cria. Quem sabe????????
beijos com muito carinho, e na espera de ver uma pontinha de alegria.
Posted by: Ingrid Littmann | 02/12/2007 at 16:08
Sim, sim, não tenho dúvidas que outra felina virá nos fazer companhia, mas não já. É muito cedo.
Quando se perde um amigo não se agarra o primeiro estranho que passa na nossa frente esperando que ele substitua o anterior.
Vamos deixar um bom intervalo de tempo passar, caso contrário vamos sempre esperar inconscientemente que ela reproduza traços/atitudes da Teresa e isso seria tremendamente injusto. Não quero que isso aconteça.
Um novo animal de estimação só virá quando estivermos prontos para amá-la pelo o que ela é e pelo que vai trazer de novo na nossa vida.
Beijos.
Posted by: Maura | 02/12/2007 at 16:24
Querida, fico ainda mais triste por ter sabido somente agora, quando entrei no teu blog para matar as saudades. Sei muito bem o que a nossa Tereza representava na história de sua vida. Puxa vida...e nem estou aí para emprestar o ombro amigo!!!Sorry, querida.
Posted by: yara peres | 02/12/2007 at 22:41
M, tive uma tia querida que quando eu nasci ela já era velha...rs...Certo dia, numa ocasião especial em que conversávamos sobre perdas, ela me disse algo que nunca mais esqueci: " ...as lembranças são a única coisa que a vida nunca poderá tirar de você ..."
Só estou te contando isto para que você, quem sabe, possa usar as inúmeras boas lembranças da T prá aliviar a dor da ausência física.
Beijos com carinho...Evi
Posted by: eveli | 02/14/2007 at 13:06
Avec le temps, vous trouverez quelque chose qui symbolisera Tereza pour vous, un objet, une plante, une musique et chaque fois qu'elle vous manquera, vous y serez attirée. Il faut donner le temps au temps. C'est le plus bel hommage que vous puissiez lui faire, à cette chatte tant aimée.
With time, you'll find an object which will symbolize Tereza for you, a thing, a plant, a song and each time you miss her, you'll be drawn to it. Give time to time. It's the nicest hommage you can give to your beloved cat.
Bom sabado.
Posted by: Gato Azul | 02/17/2007 at 15:48
Maura, estou pensando em adotar uma gatinha para minha filha. Como são os felinos no geral? o que preciso entender sobre ou só bater o olho e trazer pra casa?
Nunca tive gatos mas tive alguns cachorros que ficaram para sempre guardados no meu coração, beijos
Posted by: Ingrid Littmann | 02/20/2007 at 18:06
Thanks Gato Azul. Mornings are still particularly painful because when I wake up I still automatically turn to check where she is on the bed. But I know you are right, I must give time to time.
Posted by: Maura | 02/22/2007 at 09:12
Ingrid, vou te escrever a respeito no fim de semana ok? beijo
Posted by: Maura | 02/22/2007 at 09:14