A Comissão Europeia (CE) recuou, esta terça-feira, na intenção de relegar a língua portuguesa para segundo plano na sala de imprensa do executivo comunitário e promover outras, como a espanhola. Vamos na direcção de um sistema em que o nosso objectivo é o de utilizar todas as línguas sempre que isso for possível, afirmou esta terça-feira o porta-voz do executivo comunitário, Françoise Le Bail, na habitual conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas. A posição é tomada depois de terem sido feitas consultas a diversas entidades, entre as quais à Associação de Imprensa Internacional (API), explicou. Numa proposta inicial, a Comissão Europeia deu conta da intenção de aumentar, de três para sete, as línguas europeias com direito a interpretação simultânea permanente nas conferências de imprensa diárias dos comissários europeus, em Bruxelas, deixando o português de lado e promovendo, por exemplo, a língua espanhola.
- via DN
e como é k ficou o italiano nesta história toda?
Posted by: nelsonmateus | 03/16/2005 at 13:16
Até onde sei está lá, firme e forte. Junto com o espanhol. Nenhuma foi rebaixada. E o alemão foi promovido. Administração Durão Barroso. Não me surpreende. Era para reduzir as despesas, acabou aumentando.
Posted by: Maura | 03/16/2005 at 13:42
Espera aí, Maura. Relê lá bem os arquivos de Março, comentários e respectivas respostas. Lembro um em particular:
"O "X" da questão nessa história toda está no fato de que a língua é considerada por todos os povos como o seu maior patrimônio. Ao rebaixar o italiano e o espanhol, e promover o alemão para o posto de "língua de trabalho" - sem aviso prévio - Durão cometeu um erro diplomático grave.
Itália e Espanha estão exercendo seu direito de defender com unhas e dentes o único patrimônio que resta a cada país da UE. Seu idioma, sua linguagem, em resumo, sua cultura. E com essa agitação toda, os dois países mostram o enorme, o gigantesco peso político que um idioma possui. A troca destes dois idiomas pelo alemão não pode mesmo ser considerada irrelevante por estes países. Nem por ninguém."
Afinal parece que o problema não era de um português a impor o seu próprio idioma em detrimento de outros. Afinal, até parece que a CE estava a beneficiar o idioma espanhol, em desfavor do português...
Ou tudo isto é porque o presidente da UE, além de ser português é um político da ala da direita? E só porque é de direita (mesmo moderada) já tudo o que faz é necessariamente mau?
Francamente, não compreendo...
Posted by: João | 03/18/2005 at 09:40
João, quem não entende sou eu. Leia tudo novamente, por favor. Nunca disse que "o Durão estava impondo o português". O idioma português nunca foi citado nos posts sobre a polêmica com os italianos (e depois com os espanhóis). Os posts e os meus comentários referiam-se tão somente à reação dos italianos e dos espanhóis ao assunto. Esta é a primeira vez em que menciono o português na CE. Meus comentários sempre foram puramente lingüísticos e baseados nas informações lidas em jornais e independem do fato de Durão ser português ou de direita, aliás, estou-me nas tintas para a nacionalidade ou afiliação política do Durão.
Posted by: Maura | 03/18/2005 at 09:58
Absurdo se o português não for considerado como língua oficial da UE. É a sexta língua mais falada do mundo. Ou os países de língua portuguesa se unem para fortalecer o nosso idioma ou então seremos elipsados por outras. Cuidado com a Espanha, ela tem um projeto de expansão do espanhol no mundo. E para isso não quer a projeção do português. Hoje o espanhol é o principal concorrente do nosso belo idioma português. O espanhol é horroroso...
Posted by: Eduardo Silva | 03/21/2005 at 12:45