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Peace, my heart, let the time for the parting be sweet.
Let it not be a death but completeness.
Let love melt into memory and pain into songs.
Let the flight through the sky end in the folding of the wings over the nest.
Let the last touch of your hands be gentle like the flower of the night.
Stand still, O Beautiful End, for a moment, and say your last words in silence.
I bow to you and hold up my lamp to light you on your way.
- Rabindranath Tagore
Minha mãe faleceu inesperadamente neste sábado, 29 de janeiro de 2005.
Foi enterrada hoje, domingo, às 10 horas da manhã, em Joinville.
O Diário de Lisboa está suspenso por 7 dias.
Posted on 01/30/2005 | Permalink | Comments (40)
Um dos motivos pelos quais eu amo desavergonhadamente este meu incompreensível país é o senso de humor do brasileiro. Que é uma benção dos deuses.
“Não gosta de cachaça,/ Não entende de mulher/ O Larry Rohter, será que ele é?”, cantavam os puxadores do Imprensa que eu Gamo. E a galera respondia em uníssono, atualizando a “Cabeleira do Zezé”: “Bicha!”. A galhofa, ingênua como a década de 1960 em que João Roberto Kelly compôs a marchinha, foi vista por alguns Sãos Jorges de Bordel como um excesso de incorreção política, mas o fato é que no último sábado os jornalistas que compuseram o samba e levam o bloco há dez anos fizeram mais na rua do que nas páginas pelas descabidas polêmicas que vêm envolvendo o correspondente do “New York Times”.
É claro que ele, Larry, jamais vai entender como o Rei Momo pode ser o melhor ombudsman que já teve – mas aí é para não entender mesmo. O samba composto por Fabio Nascimento, João Pimentel e Marceu Vieira (que generosamente incluíram como parceiros o próprio Larry Rohter e até o Harry Potter) é, além de animado, uma deliciosa crônica. “Deu no ‘New York Times’/ que a Garota de Ipanema é fofa”, começam eles, para depois citar Aldir Blanc e Maurício Tapajós: “‘O Brazil não conhece o Brasil’/ O Lula é o presidente do barril?”. Uma maravilha.
Já agora, uma pergunta: boa parte deste humor brasileiro veio dos portugueses (e depois muito bem temperado com o humor das outras ondas de imigrantes). E eu pergunto, onde foi parar o bom humor do povo português? Não se vê, em lugar algum, manifestações da famosa boa disposição portuguesa, aquela que faz famosa os Manuéis, Joaquins e Marias que vivem em solo brasileiro. Onde estão as troças bem humoradas? Onde estão as farpas irônicas e cômicas? Sufocadas debaixo de tantos resmungos e embirrações coletivas? Porque eu tenho certeza que o bom humor ainda está lá, dentro de cada português, só esperando um empurrãozinho.
Não há ninguém nas novas gerações disposto a ir apalpar o rabo de um ministro? Quem sabe?
Posted on 01/29/2005 | Permalink | Comments (3)
A Coca-Cola surgiu em 1886 como um remédio. Até 1903, cada frasco continha 60mg de cocaína. A Coca-Cola atual ainda usa um extrato de folhas de coca. A empresa importa anualmente 8 toneladas de folhas de coca que são usadas para aromatizar a bebida.
Entre as várias informações que correm na Internet estão as seguintes:
1. Os caminhões-tanque que transportam o xarope concentrado para ser processado e transformado em refrigerante, são obrigados a carregar um aviso dizendo: "Cuidado! Perigo:Líquido Altamente Corrosivo".
2. Os distribuidores da Coca-Cola nos EUA costumam usar esse xarope para limpar os motores dos caminhões. Fazem isso há 20 anos.
3. Limpar vasos sanitários. Despeje uma lata de Coca-Cola no vaso sanitário, deixe por uma hora, dê descarga e a porcelana ficará impecável.
4. Para soltar um parafuso enferrujado. Molhe um pano em Coca-Cola, cubra o parafuso e deixe por meia hora. Ele será desparafusado com facilidade.
Mais? Aqui.
Posted on 01/28/2005 | Permalink | Comments (5)
Este é Owen, um bebê hipopótamo que sobreviveu ao tsunami. Ao lado dele, sua "mãe adotiva", uma tartaruga de 120 anos que nunca mais abandonou o bebê desde que ele chegou a uma reserva animal no Kenya.
Posted on 01/28/2005 | Permalink | Comments (2)
Santana Lopes diz que "está montada uma mega-fraude" em torno das sondagens
A mania de perseguição deste senhor é tão grande que não me causaria espanto saber que Santana Lopes olha debaixo da cama e dentro do armário antes de deitar para ver se o bicho-papão não está lá dentro.
Posted on 01/28/2005 | Permalink | Comments (2)
O famoso Larry Rother, aquele correspondente do NYT no Brasil que chamou o Lula de cachaceiro e foi expluso do Brasil, depois perdoado, voltou a fazer das suas.
Saiu acompanhado de um fotógrafo pelas praias do Rio, disposto a encontrar mulheres que comprovassem a epidemia de obesidade que assola este país. Fotografou (sem pedir autorização) 3 mulheres e publicou no NYT como sendo exemplos de "cariocas".
As mulheres eram checas. Estão furiosas. E vão processar o NYT. Espero que ganhem.
Toda a história aqui.
- Via Cora
Posted on 01/27/2005 | Permalink | Comments (2)
O Ministério da Justiça holandês revelou ontem que terminou oficialmente a investigação do roubo das jóias portuguesas ocorrido há dois anos no museu municipal de Haia.
Portugal emprestou 15 jóias para uma exposição temporária intitulada "Diamante: da Pedra Bruta à Jóia".
Entre as jóias desaparecidas estão algumas das mais importantes do patrimônio histórico português, como o castão de bengala de D. José I, com um diamante bruto e um colar com 35 brilhantes, num total de 150 quilates. "O castão era uma das jóias de topo. É um raríssimo testemunho da joalharia de corte francesa do século XVIII", diz um especialista em jóias antigas.
- Via O Público
Posted on 01/26/2005 | Permalink | Comments (1)
Já perdi a conta de quantas vezes assisti a esta comédia delicada, e cada vez que assisto gosto cada vez mais dela. Ela me anima a nunca desistir, e a nunca perder o bom humor. Eu confesso que tendo a gostar muito de filmes com mulheres fortes e bem humoradas no papel principal. Não me canso de rever a história de Shirley. Nem as paisagens da Grécia.
Pane e Tulipani, filme italiano mais recente, praticamente copia o mesmo argumento. Mas não é tão bem desenvolvido ou "amarrado". É simpático, mas Shirley Valentine na minha opinião, continua imbatível em primeiro lugar. Muito do mérito está no talento da atriz, Pauline Collins, que repete o papel que dominou com maestria nos palcos britânicos. É impossível não simpatizar com ela. O diretor, Lewis Gilbert, é o mesmo de outro dos meus filmes favoritos, Educating Rita (mas vou falar dele em outra hora).
Shirley Valentine mostra um sonho comum à maioria das mulheres acima dos 35 anos (e de alguns homens também, acho eu). Afinal de contas quem nunca teve vontade de jogar tudo para o alto e ir viver uma nova vida, em um novo lugar? Quem nunca quis escancarar a porta de casa e declarar em alto e bom som que espera e exige mais da vida que leva? Quem nunca sonhou em virar a mesa?
Posted on 01/26/2005 | Permalink | Comments (6)