Diário de Lisboa

bonitinho...

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THE GODFATHER I, II & III

"Leave the gun. Take the canolies."

"You're my brother Fredo. You don't have to apologize to me."

"Every family has bad memories."

Estado em que se encontra a redatora do Diário

M44

Saí perambulando pelo Google. Digitei "44" na caixa de busca de imagens.

E descobri que M44 é o nome desta maravilhosa aglomeração de estrêlas.

Gostei. Parece um bom presságio para esta redatora, cujo nome começa com "M" e que completa 44 anos hoje...

O Casamento

Ainda não temos fotos da cerimônia e da noiva. O fotógrafo oficial ainda não mandou as fotos. Todas as que eu tirei antes do casamento saíram tremidas (por que será??)

Todo mundo ficou pronto e vestido 1 hora antes do casamento. E como o cartório é aqui do lado, ficamos todos na sala "fazendo hora" parecendo enfeites. De 10 em 10 minutos alguém perguntava: "Que horas são?" (risos)

No cartório tudo foi muito curto e rápido. A cerimônia propriamente dita durou - no máximo - 15 minutos. Mas eu consegui chorar no meio. Foi uma mistura potente de alívio depois de tantos problemas burocráticos, pura felicidade e uma certa tristeza de não ter meus pais ali. Minha mãe não pode vir, esteve internada a semana toda e só foi liberada na sexta. Aliás, ela nem sabe do casamento. O médico achou melhor evitar emoções fortes por enquanto.

A madrinha também chorou. O padrinho não chorou mas estava nervoso. Até a juíza parecia meio emocionada. O noivo, com o braço em volta da minha cintura o tempo todo, era o mais controlado e sossegado de todos. Eu adoro esse homem.

Depois fomos todos comer ostras, mexilhões e risoto de frutos do mar no Restinga, nosso restaurante favorito. Ficamos lá horas. Todos beberam caipirinha. Menos a noiva. Alguém precisava estar sóbrio para dirigir. No fim da tarde, comemos os docinhos do casamento com café. Ninguém jantou, claro.

No dia seguinte, noiva e padrinhos foram para a praia tomar sol e nadar. Noivo ficou dormindo.

À tarde, noivo e noiva, ou melhor, marido e mulher levaram os padrinhos para o aeroporto em Navegantes e voltaram para casa.

Tudo continua igual. Mas estamos estranhando muito a aliança no dedo. Volta e meia um de nós tira a argolinha do dedo. Mas pede licença ao outro antes. Já virou piada.

Agora, depois de um dia extra de lua de mel, voltamos ao trabalho e começamos a procurar informações sobre a segunda etapa burocrática: o visto permanente do Jorge.

A todos que desejaram felicidades ao casal o nosso muito obrigado. Eu fiquei emocionada mesmo.

EXTRA! EXTRA! EXTRA!

Adão & Eva # Johnson & Johnson # Cyrano & Roxanne

Tom & Jerry # Lewis & Clark # Harold & Maude

Ken & Barbie # Dama & Vagabundo # Stanley & Livingston

Lancelot & Guinevere # Paolo & Francesca # Ricky & Lucy

The Ghost & Mrs Muir # Pão & Manteiga # Asterix & Obelix

Bonnie & Clyde # Siegfried & Roy # Masters & Johnson

Procter & Gamble # Lois & Clark # Sansão & Dalila

Tristão & Isolda # Donald & Margarida # Tico & Teco

George & Martha # Fred & Ginger # Popeye & Olivia

Neumann & Woodward # Butch Cassidy & Sundance Kid

Antônio & Cleópatra # Touché & Dun Dun # Batman & Robin

Gomez & Morticia # Felix & Oscar # Marks & Spencer

Woodward & Bernstein # Edward & Wallis # Gin & Tônica

Rolls & Royce # Pedrita & BamBam # Ferdinando & Isabella

Moet & Chandon # MAURA & JORGE # Yin & Yang

Victoria & Albert # Gilbert & Sullivan # Black & Decker

Anna & o Rei # Sears & Roebuck # Tarzan & Jane

Laurel & Hardy # Bogart & Bacall # Romeu & Julieta

Ted & Sue Ellen # Napoleão & Josefiina # Gable & Lombard

Snoopy & Woodstock # Rosencrantz & Guildenstern

Marge & Homer # Rogers & Hammerstein # Orville & Wilbur

Rhett & Scarlett # Pedro & Inês # Zero & Um

Rômulo & Remo # Cosme & Damião # Kirk & Spock

Han Solo & Princesa Leia # John & Yoko # Abbott & Costello

Hepburn & Tracy # He-Man & She-Ra # Castor & Pollux

Cliff & Claire # Próton & Nêutron # Caco & Miss Piggy

João & Maria # Calvin & Haroldo # George & Ira

John & Jackie # Franklin & Eleanor # Barnes & Noble

Bela & Fera # Holmes & Watson # Dante & Beatrice

 

Maura & Jorge casaram-se hoje, 20 de novembro,

na Ilha de Santa Catarina, Brasil

Para J., porque foi com essa música que tudo começou

Oh, I'm waiting on a corner

With my cellphone in my hand

Baby you got my number

Anywhere that I stand

Oh, I can't wait 'till I get you next to me

When I dream about you

Every dream I dream is sweet

When I talk about you baby

Like a policement on the beat

baby I can't wait till I get you next to me

Call my number

Come and see

I can't wait till I get you next to me

If you want my peaches

Shake my tree

I can't wait till I get you next to me

Day after day

Night after night

I'm living on the feeling that

everything will be all right

I'm gonna show you

How sweet our love can be

I can't wait till I get you next to me

- Arthur Adams & B.B.King - Get you next to me

Para J. - V

Ele vai me possuindo Não me possuindo Num canto qualquer É como as águas fluindo Fluindo até o fim É bem assim que ele me quer Meu namorado Meu namorado Minha morada É onde for morar você Ele vai me iluminando Não iluminando Um atalho sequer Sei que ele vai me guiando Guiando de mansinho Pro caminho que eu quiser Meu namorado Meu namorado Minha morada é onde for morar você Vejo meu bem com seus olhos E é com meus olhos Que o meu bem me vê

- Chico Buarque/Edu Lobo, Meu namorado

Há períodos estranhos na vida da gente. Não falo dos altos e baixos. Esses todo mundo vivencia mais cedo ou mais tarde.

Mas, às vezes, há uma estranha conjunção de fatores na sua vida que só podem ser descritos como um período agridoce. E é uma confusão. Você tem, de um lado, motivos para estar absolutamente feliz, cantarolando pelas ruas. E do outro, motivos para sentar na calçada e chorar de infelicidade. Tudo acontecendo simultaneamente.

Imaginem uma situação assim: você ganha sozinho na loteria, nunca mais vai ter que se preocupar com a conta do cartão de crédito e no mesmo dia, descobrem um tumor inoperável no cérebro do seu pai.

E as duas emoções ficam ali, dentro de você, cada uma num canto do ringue, doidas para entrar em cena. No meio, apavorado, o juiz, tentando manter a situação sobre controle. Sob controle? Como se fosse possível segurar as marés (aliás, isso me lembra a história de um rei, muito sábio, a quem toda a corte bajulava o tempo todo dizendo "ó rei dos reis", "sois o sábio dos sábios", "ninguém é melhor que vós ó rei". Um dia, o rei mandou colocarem o trono na beira do mar. E, acompanhado pelos cortesãos perguntou: "sou mesmo o melhor de todos?". E o bando de baba-ovos respondeu:"sim, ó rei, ó rei, sois fantástico". E o rei, pegou no cetro e ordenou com voz de trovão: "que as ondas parem!" E as ondas, óbvio, nem se abalaram com a ordem. O rei virou para a corte boquiaberta e disse: "não há ninguém no mundo que seja fenomenal e tão poderoso quanto a Natureza e o Universo". E saiu arrastando a capa deixando todo mundo prá trás com cara de tacho.)

Mas eu nem sei porque contei tudo isso aqui. Ah, sim, por causa do exemplo de segurar as marés. Pois bem, é isso. É impossível para o coitado do juiz administrar a situação, então as emoções assumem turnos. Vem uma e pula e dança no meio do ringue até cansar de tanta alegria. Aí vem a outra, se arrasta até o centro do tablado e chora até dormir de exaustão. E a coisa continua assim, porque não há como alterar os fatos e a situação é essa mesma. O juiz provavelmente morre de estresse e um dos sintomas é o fato de que começam a aparecer uns posts amalucados num até então, muito sensato blogue.