A população portuguesa terá menos cerca de um milhão de pessoas em 2050 e estará ainda mais envelhecida, havendo perto de 2,5 idosos por cada jovem, segundo estimativas constantes de um relatório do Conselho da Europa. está estimado que a população comece a decrescer a partir de 2010, atingindo os 9.302.500 habitantes em 2050.
O crescimento da população em 2002 foi de 0,75 por cento, mas deveu-se sobretudo ao balanço positivo da imigração (0,68 por cento), já que o crescimento natural se manteve baixo, nos 0,08 por cento.
O documento refere que, "nos anos recentes, a imigração tornou-se mais frequente, especialmente de países da Europa de Leste". "A migração tem um papel muito importante no crescimento da população em Portugal, tradicionalmente um país com rede de emigração: nos anos 90, a corrente de migração mudou de direcção e o país encara agora uma migração em excesso".
A população estrangeira residente em Portugal está a crescer substancialmente, sendo que em 2002 o número de imigrantes era 238.746 (mais 14.770 do que em 2001), o correspondente a 2,3 por cento do total da população. A distribuição dos imigrantes por sexos demonstra que existem em Portugal 125 homens para 100 mulheres.
Quanto à origem dos estrangeiros que vieram para Portugal em 2002, 47,8 por cento eram oriundos de África, mesmo assim ligeiramente menos do que os que chegaram no ano anterior (47,9 por cento).
O número de imigrantes de Cabo Verde decresceu de 22,2 por cento em 2001 para 21,9 por cento em 2002, enquanto a população vinda de Angola e Guiné-Bissau cresceu para 10,3 e oito por cento, respectivamente, durante o mesmo período.
A proporção de europeus residentes em Portugal subiu ligeiramente em 2002 para 30,2 por cento. A maioria veio do Reino Unido (6,7 por cento), Espanha (6,1 por cento) e Alemanha (cinco por cento). Os brasileiros residentes eram cerca de 10,4 por cento.
Nos anos 90, assistiu-se a um crescimento da imigração da Europa de Leste, especialmente da Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia
Via O Público
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Os portugueses vão viver, em média, mais cinco anos em 2050, mas as mulheres continuarão a ter um número insuficiente de filhos para renovar as gerações, indica o relatório do Conselho da Europa sobre evolução demográfica.
Segundo o documento, a mortalidade vai continuar a decrescer, "acompanhada de um rápido aumento da esperança de vida, estimando-se que os homens passem a viver, em média, até aos 79 anos e as mulheres até aos 84,7".
Via O Público